quinta-feira, 10 de maio de 2012

JORNAL DE VALINHOS S/P " Reportagem sobre os Radioamadores de Valinhos "


Radioamadorismo:
Ciência e tecnologia através das ondas do rádio


Para além de um hobby, uma vez que tem no conhecimento científico um de seus maiores motes, o
radioamadorismo há muito vem conquistando fãs e adeptos por todo o mundo.
Seja para emitir comunicados, conversar informalmente ou ajudar autoridades quando da ocorrência de algum desastre, o rádio funciona como, talvez, o meio de maior eficácia de se levar a comunicação e, consequentemente, a ajuda e o não isolamento, aos mais longínquos rincões do planeta. Em Valinhos, na atualidade, existem 16 radioamadores, que realizam estudos e experimentações técnicas, comunicação a longa distância e constituem, com pessoas de outras nacionalidades, a prática de idiomas, tais
como, o inglês e o espanhol.
A maioria deles costuma utilizar o rádio na frequência de Valinhos (146.400 MHz). Os pioneiros desta atividade na cidade são Rubens Ribeiro dos Santos, pai do radialista Dunga Santos, Valdemar Pera e Bruno Giopato, todos em plena atividade.
O engenheiro de alimentos Marcelo Souza, que é radioamador desde 1993, diz que a maior motivação para
que ele iniciasse as operações com o rádio veio do escotismo, ao qual ele pratica e procura conciliar com
o radioamadorismo. Ele lembra ainda que “onde todos os outros meios de comunicação falham, pode ter certeza de que o rádio não irá falhar”.
Souza comenta ainda que “a questão da investigação científica, de se estudar os equipamentos e
prestar uma série de serviços à comunidade é o que me motiva a fazer o que faço. Além disso, o apoio dado, no início, por meu pai e pelos meus amigos, também foi fundamental para que eu me inserisse na área”.
Para o engenheiro de telecomunicações Ricardo Martini Di Serio, que é radioamador há quase duas décadas, operar o rádio e realizar este tipo de comunicação “é poder estar em contato com pessoas
de todas as partes do mundo e das mais diferentes culturas”.
Ele explica ainda que “ao mesmo tempo em que temos a chance de falar com uma pessoa do outro lado do
Atlântico, também podemos manter contato com pessoas em um bairro situado bem ao lado do nosso”.
Di Serio diz também que o radioamadorismo o encaminhou para a profissão que hoje exerce e que em todos estes anos, obteve “boas experiências com o rádio e pude encontrar bons amigos através das ondas eletromagnéticas”.
De acordo com o engenheiro eletricista Marcel Pazinatto, radioamador há três anos, os EUA são o país com o maior número de radioamadores ativos, com cerca de 400 mil operadores. “No Brasil, totalizamos menos de10 mil. Existem países na África e na Oceania, em que existe somente um radioamador
e, em tantos outros, como no caso de algumas ilhas remotas e países subdesenvolvidos, somente através
de expedições”, comenta. Para se ter uma estação de rádio, em tese, é preciso dominar, ou ao menos, ter conhecimento, de diversos ramos da ciência e da tecnologia.
A eletricidade, a eletrônica, a mecânica, a matemática, a física, a meteorologia, a astronomia e a geografia
são alguns deles.
Responsável pelo avanço de muitas destas ciências e tecnologias, o radioamadorismo foi um dos principais desenvolvedores dos conceitos que, posteriormente, se aplicariam a internet, a telefonia celular, ao radar, ao
sistema de transmissões de dados via micro-ondas e ao próprio forno micro-ondas.

Fonte:
Marcel T. Pazinatto
Valinhos - SP - Brasil
PY2PZN -

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