sábado, 30 de maio de 2009

Solução é a valorização do policial


Instituir uma política nacional de treinamento e valorização do profissional, que englobe melhorias referentes à remuneração, jornada de trabalho, pagamento de hora extra e um piso mínimo de salário, válido para todo o País, aos trabalhadores na segurança pública. Este é o texto da proposta mais votada pelos participantes da Etapa Municipal da Conferência Nacional de Segurança Pública, que será levada, em agosto, para apresentação em Brasília. A cidade vai contribuir com 21 ideias e será representada pelo advogado Paulo André Ferreira Alves, 37 anos, presidente da Comissão de Assuntos Penais da OAB Jundiaí. Todas as informações foram divulgadas, ontem de manhã, durante o encerramento da Etapa Municipal. Mais de 200 pessoas estiveram envolvidas em debates, durante três dias, sobre sete temas diferentes relacionados à segurança. Com Alves, vai para Brasília o comerciante e presidente do Conseg Barão de Jundiahy, João Menandro, eleito primeiro suplente. "Acredito que a criminalidade nos bairros, a implantação do Olho Vivo (câmeras de monitoramento) e a identificação dos veículos devem ser focos de ação", afirmou o advogado, que atua na área há nove anos. A segunda proposta mais votada enfoca a integração das polícias e das instituições ligadas à segurança. A criação de um Conselho Nacional de Segurança e o fortalecimento da cultura de paz também aparecem na lista. O tenente-coronel Walter Mota, comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar, aprovou as ideias. Para ele, a primeira proposta, votada pela maioria dos participantes, representa um ´reconhecimento da sociedade´. "É fantástica. Ela representa um respeito aos valores da sociedade, como educação e família, e aos órgãos públicos", avaliou. Para o prefeito Miguel Haddad, a valorização do profissional é importante. Ele elogiou a participação na etapa, mas observou que a segurança não deve depender apenas de uma solução local. "O envolvimento da sociedade é importante. Vamos levar nossa realidade à Brasília", afirmou. O secretário da Casa Civil e coordenador do evento em Jundiaí, Juca Chaves Rodrigues, avaliou que Jundiaí deu um ´exemplo de cidadania e democracia´.Além das 21 propostas, um oitavo eixo elaborou medidas para serem implantadas em Jundiaí, mas que dependem de estudo para análise da viabilidade. A criação do Centro Integrado de Atendimento de Emergências e da Secretaria Municipal de Segurança Pública integram as 20 propostas sugeridas para melhorar a segurança na cidade.


ROBERTA BORGES