terça-feira, 20 de outubro de 2009

JOTA NEWS 19/10

Ola Radio Amadores de Valinhos e Região.


Neste final de semana tivemos mais um MEGA EVENTO que marcou o Radio Amadorismos de Valinhos, como amplamente divulgado participamos do 52º JOTA – Jamboree no Ar. “Atividade escoteira através do Radio Amador”

O nosso principal objetivo era aproximar os jovens do movimento escoteiro com o Radio Amadorismo, bem como divulgar o Radio Amadorismo em Valinhos.

Sem sombra de duvida atingimos e ultrapassamos o nosso objetivo, foi um evento marcante, só quem estava la e viu a felicidade das crianças ao falar no radio póde comentar, sem contar o empenho de todos em garantir uma boa pontuação na competição, vários jovens viraram noites em frente ao radio, garantindo uma pontuação “invejável”. VALEU :)







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Os Anjos da Guarda da Serra do Japi

Os homens que trabalham na base da Guarda Municipal na Serra do Japi não são apenas anjos da guarda da mata, mas enfrentam a criminalidade 24 horas por dia. Além do encontro com os animais, os GMs também se deparam com situações de risco. Fomos conhecer a rotina de trabalho da Guarda.

FABIANO MAIA
Vigilantes - "É durante a noite que a maioria dos animais daqui esbarram com a gente", diz o GM Alessandro (foto acima)


É entre insetos, sapos, cobras, morcegos, aranhas, macacos e onças que os guardas municipais da Divisão Florestal fazem o trabalho de fiscalização na Serra do Japi. A área é muito extensa e por isso exige muito mais que o patrulhamento ostensivo diuturno. É durante a noite que os GMs vivem entre os perigos da mata e o combate à criminalidade.
"A gente já encontrou todos os tipos de animais que a Serra abriga. Borboletas, tapiti (coelho-brasileiro), jaguatirica, raposas, mão-pelada (parecido com os guaxinins), cascavel, jararaca e até mesmo onça pintada. Todos esses animais já esbarraram com a gente entre as trilhas da Serra. O que mais impressiona é o mão-pelada", conta o GM Carboneri, há 22 anos na Divisão Florestal.
Além do encontro com os animais, os GMs também se deparam com situações de risco. "Já fizemos diversos flagrantes na Serra. Desde encontro de veículos roubados, queda de balões, encontro de construções irregulares, combate a incêndios, ladrões fugindo após assaltos até mesmo caçadores montando armadilhas", afirmou. E foi nesse ambiente que a equipe do JJ Regional foi conferir o trabalho da GM na Serra durante o período da noite.
Rondas - A cada plantão de 12 horas, três equipes patrulham as laterais da reserva biológica. Em pontos estratégicos, os guardas fazem paradas para observação. "Desses pontos a gente consegue observar grandes áreas", explicou o GM Alessandro, há 15 anos fiscalizando a Serra.
Durante a ronda com a presença da reportagem, os guardas contaram alguns flagrantes. "Teve uma vez que estávamos passando em uma área que é repleta de sapos. Como estamos acostumados com cada trecho, estranhamos o silêncio naquela ocasião. Descemos do veículo e fizemos um patrulhamento. Encontramos dois homens se escondendo dentro do mato. Eles estavam caçando rãs no local", contou Carboneri.
Os GMs também conseguem identificar aberturas recentes no meio do mato. "Sabemos que por ali tem alguém escondido, ou alguma armadilha montada", contou Alessandro. Em outra ocasião, um assaltante entrou em uma das estradas da Serra, na área da Malota. "Ele pensou que entrando na Serra encontraria um local calmo para contabilizar o roubo. Mas encontramos ele e o prendemos", lembrou Carboneri.
É também trabalho da GM combater a queda de balões e os incêndios na Serra. "Já encontramos um balão de 36 metros de comprimento. A parte da tocha era tão grande que o carro passava por dentro tranquilamente." Num dos combates ao fogo, Carboneri encontrou um bicho-preguiça. "Ela estava com as patas queimadas e conseguimos salvá-la".
Animais - Além dos casos criminais, o encontro com os animais e as armadilhas colocadas por caçadores também incorporam a rotina dos GMs da Serra. "É durante a noite que a maioria dos animais daqui esbarra com a gente. Quero dizer, a gente esbarra com eles, já que nós que entramos no ambiente deles", explicou Alessandro. "Já fomos surpreendidos por diversos animais. Uma vez fui picado por uma jararaca e ela ficou com as presas enroscadas na minha bota. Não cheguei a ser picado por causa da proteção que usamos", lembrou Alessandro.
Já Carboneri não teve a mesma sorte. Foi em uma das rondas pelas trilhas, em busca de armadilhas e caçadores, que ele foi picado por uma armadeira macho. "Eu tive que ir para o hospital e meus companheiros levaram a aranha em um vidro para o médico identificar o animal e conseguir medicar corretamente. Corremos esse risco quando entramos na mata", explicou ele, sem receio de voltar a entrar nas trilhas.
Dentro d aoutra base, no Eloy Chaves, outro GM também foi picado por cobra. "O guarda foi sentar próximo aos rádios-comunicadores e a cobra estava embaixo da cadeira. Acontece", brinca Carboneri. Num dos combates à incêndios, os GMs se depararam com uma armadilha colocada por caçadores. "Tinha um ´canhãozinho´, construído com um pedaço de cano e munição calibre 12. Era só um animal passar perto que não iria resistir. Também já encontramos pedaços de pau sujos com sangue, que foram usados por caçadores para terminar de abater a caça", contou Carboneri.
Os guardas também são acionados por moradores da Serra do Japi. "Eles nos chamam para retirar cobras das casas e aranhas dos telhados", comentou Carboneri. Por estarem a tanto tempo em contato com a Serra, os GMs reconhecem os moradores do local de longe. "As vezes estamos em uma estrada apagada, com o farol desligado, e só pelo andar da pessoa a gente já consegue identificar se é o caseiro de algum lugar ou o morador de tal casa", lembrou Alessandro. O mesmo acontece com os carros. "Quando tem um veículo diferente do que a gente está acostumado a observar pelos caminhos, abordamos", contou Carboneri.

ALINE PAGNAN